Olha gente, eu não sou muito de escrever sobre assuntos polêmicos, até porque eu acho que tem aí, pela blogsfera, muita gente competente (muito mais competente do que eu) fazendo isso. Mas não tá dando mais pra ficar calada quando o que eu tenho visto nos jornais é uma enxurrada de notícias sobre violências contra a mulher. A grande maioria praticada pelos companheiros ou ex-companheiros. Essa violência não tem classe social nem raça. Acontece em todos os níveis e com gente de toda cor.
Eu não vivo e nem nunca vivi este tipo de sofrimento. Tive a sorte de encontrar um companheiro que me respeita acima de tudo. Nós sempre conseguimos, mesmo nos momentos de crise conjugal, manter o nível da discussão em patamares sadios. Acho que por isso mesmo eu me sinta tão penalizada pela situação que um sem número de mulheres enfrenta pelo mundo afora.
É bem verdade que os casos que eu estou citando aí abaixo são extremos, onde a violência chegou ao nível de tirar a vida dessas pobres mulheres. Não quero entrar no mérito se uma traiu ou se a outra era uma megera chata. Nada serve como desculpa para que esses homens se achassem no direito de acabar com a vida delas. Mas todos nós sabemos que diariamente muitas esposas, companheiras e namoradas sofrem caladas violências físicas e psicológicas.
E a gente se pergunta: porque estas mulheres permanecem caladas?
Bem, eu acho que quando estamos falando de classes mais altas, onde as pessoas tiveram acesso à educação, a explicação está na imagem que elas precisam manter. As famílias esperam isso delas. Muitos pais e mães preferem acreditar que suas filhas são felizes no casamento e não querem enxergar (nem que elas contem) que sofrem agressões por parte daqueles que elas escolheram para dividir a vida. Preferem manter um discurso do tipo: “Ora, minha filha. Mas ele é um ótimo marido. Nunca faltou nada dentro de casa. Você deve estar exagerando”.
Se pensarmos nas classes menos favorecidas a explicação é ainda mais óbvia e chocante. Essas mulheres não têm direitos. Os companheiros acreditam que elas não têm. Viram suas mães sofrendo o mesmo tipo de tratamento e acreditam que é assim que as mulheres devem ser tratadas. Elas não merecem escolher se querem ou não transar naquele dia. Eles querem e é assim que tem que ser. Se elas fazem “doce” apanham pra “aprender”.
Mas as coisas não têm de ser exatamente como eu descrevi acima. Os motivos podem ser trocados e o que achamos que seria o comportamento de um homem que não teve direito à educação pode muito bem vir de um “mauricinho”.
Eu não vivo e nem nunca vivi este tipo de sofrimento. Tive a sorte de encontrar um companheiro que me respeita acima de tudo. Nós sempre conseguimos, mesmo nos momentos de crise conjugal, manter o nível da discussão em patamares sadios. Acho que por isso mesmo eu me sinta tão penalizada pela situação que um sem número de mulheres enfrenta pelo mundo afora.
É bem verdade que os casos que eu estou citando aí abaixo são extremos, onde a violência chegou ao nível de tirar a vida dessas pobres mulheres. Não quero entrar no mérito se uma traiu ou se a outra era uma megera chata. Nada serve como desculpa para que esses homens se achassem no direito de acabar com a vida delas. Mas todos nós sabemos que diariamente muitas esposas, companheiras e namoradas sofrem caladas violências físicas e psicológicas.
E a gente se pergunta: porque estas mulheres permanecem caladas?
Bem, eu acho que quando estamos falando de classes mais altas, onde as pessoas tiveram acesso à educação, a explicação está na imagem que elas precisam manter. As famílias esperam isso delas. Muitos pais e mães preferem acreditar que suas filhas são felizes no casamento e não querem enxergar (nem que elas contem) que sofrem agressões por parte daqueles que elas escolheram para dividir a vida. Preferem manter um discurso do tipo: “Ora, minha filha. Mas ele é um ótimo marido. Nunca faltou nada dentro de casa. Você deve estar exagerando”.
Se pensarmos nas classes menos favorecidas a explicação é ainda mais óbvia e chocante. Essas mulheres não têm direitos. Os companheiros acreditam que elas não têm. Viram suas mães sofrendo o mesmo tipo de tratamento e acreditam que é assim que as mulheres devem ser tratadas. Elas não merecem escolher se querem ou não transar naquele dia. Eles querem e é assim que tem que ser. Se elas fazem “doce” apanham pra “aprender”.
Mas as coisas não têm de ser exatamente como eu descrevi acima. Os motivos podem ser trocados e o que achamos que seria o comportamento de um homem que não teve direito à educação pode muito bem vir de um “mauricinho”.
Bem, não quero chegar em conclusão nenhuma com este texto. Queria mesmo era botar pra fora minha indignação e fazer o leitor pensar sobre o assunto também. Na web tem muita coisa sobre o assunto. Uma ótima fonte de informações sobre esse assunto é o Portal da Violência Contra a Mulher e o blog Mulheres de Olho, ambos do Instituto Patrícia Galvão. A Denise sempre aborda o tema no Síndrome de Estocolmo e uma simples busca no google vai trazer uma lista infinita. No vídeo abaixo está a Campanha pela Não Violência Contra a Mulher de 2006 do Intstituto Patrícia Galvão.
__________________________________________________Notícias recentes de extremos da violência contra a mulher.
Notícia do dia 9 de março de 2007, Redação Terra.
Câmera mostra homem matando ex a tiros no PR
Um homem de 56 anos, que estaria inconformado com o fim do relacionamento, teria atirado na ex-namorada, 23 anos, no centro de Curitiba (PR). Ela morreu no local. De acordo com informações da Globonews, a ação foi flagrada por uma câmera do circuito interno de um prédio. O crime teria ocorrido na quarta-feira, mas as imagens foram divulgadas ontem.
(...)
Dos quatro tiros, dois atingiram a cabeça da vítima, que morreu na hora. Ela tinha três filhos, de outro relacionamento. As crianças têm 10 meses, 5 e 6 anos.
Haroldo foi preso em flagrante com a arma do crime e foi reconhecido por cinco testemunhas. As imagens do crime foram anexadas ao inquérito.
De acordo com colegas de trabalho de Susane, ele já teria ameaçado a jovem anteriormente. Os dois moraram juntos durante oito meses e Haroldo teria ficado inconformado com o fim do namoro, em dezembro.
Notícia do dia 20 de março de 2007, G1 em São Paulo
Marido deixa a ex em cativeiro por 9 meses
Mulher, de 20 anos, foi seqüestrada em junho do ano passado no Paraná. Vítima está pesando 35 quilos e tem hematomas e queimaduras pelo corpo.
Uma mulher de 20 anos foi mantida em cárcere privado pelo ex-marido durante nove meses em Colombo, no Paraná. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (20) pela “Gazeta do Povo”, a vítima foi libertada do cativeiro na sexta-feira (16).
A mulher foi encontrada com a cabeça e as sobrancelhas raspadas. O corpo tinha hematomas e queimaduras de cigarro. De acordo com a polícia, ela estava pesando apenas 35 quilos.
A vítima, que não teve o nome divulgado, foi seqüestrada em 21 de junho do ano passado pelo ex-marido, que tem 29 anos e era procurado por ter matado a ex-cunhada.
Ela contou à polícia que fugiu da casa do ex-marido porque era agredida. A mulher foi seqüestrada na rua e nunca mais pôde ver a família. Chegou a fazer alguns contatos com a mãe por telefone, mas não podia dizer onde estava. Segundo a delegada Márcia Rejane Marcondes, a vítima era espancada com freqüência e ameaçada de morte.
Quando percebeu que ela corria risco de morte, o ex-marido ligou para um conhecido e revelou onde estava a vítima, que foi hospitalizada e terá de passar por cirurgia. O ex-marido está desaparecido.
Notícia do dia 21/03/2007, G1 no Rio de Janeiro
Homem suspeito de matar mulher e duas filhas é hospitalizado
Ele teria usado faca e até um machado, segundo a polícia. Uma filha de 9 anos e o sogro dele também ficaram feridos.
Carlos Alberto dos Santos, de 42 anos, está internado no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, sob custódia da polícia. Ele foi preso suspeito de matar a golpes de faca e machado a mulher, Alessandra Pereira, de 28 anos, e duas filhas, de 1 e 4 anos, na noite desta terça-feira (20), na Favela da Taquaral, em Santíssimo, na Zona Oeste. Ele sofreu escoriações após ser linchado por vizinhos. Carlos Alberto, que está algemado e é vigiado por dois policiais militares, teria dito que era traído pela mulher e disse estar arrependido de ter atacado as filhas.
De acordo com a polícia, a terceira filha do casal, de 9 anos, e o sogro dele, Antônio Vicente do Carmo, de 52 anos também foram feridos. Eles foram levados para o Hospital Rocha Faria. Segundo informações do hospital, a menina teve lesões no fígado e no pulmão e deve ter que passar por uma nova cirurgia. Ela está em observação. E o avô dela, que levou uma facada na cabeça, não corre risco de morte.
E por falar em violência, vejam que coisa mais triste. Tem horas que a gente começa a achar que esse mundo não tem jeito mesmo. Como pode um ser humano ser capaz de tanta maldade?
Menino de 2 anos é mantido preso em canil com 3 pitbulls em SPEu não consigo nem imaginar o sofrimento desta criança. Como podemos esperar que depois de sofre toda esta maldade um menino desse cresça respeitanto o próximo? Como?
Avô diz que mantinha criança em canil para que ela não estragasse o jardim da casa.
Segundo polícia de Ibiúna, menino ficava amarrado pelo pescoço.
Patrícia Araújo Do G1, em São Paulo entre em contato
Um idoso de 64 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (22) em Ibiúna (a 64 km de São Paulo) por manter uma criança de 2 anos amarrada com uma corda no pescoço dentro de um canil com três cachorros da raça pitbull.
De acordo com o delegado titular do 1º Distrito Policial da cidade, José de Arruda Madureira Júnior, o idoso era avô da criança. O homem, de 64 anos, teria dito que mantinha a criança amarrada junto aos cachorros havia cerca de um mês. Segundo a polícia, ele disse ainda que havia tomado a atitude para evitar que a criança destruísse as flores do jardim da casa onde moravam.
O menino dormia num colchão velho colocado no local e, segundo o idoso, a última refeição do garoto havia sido feita às 17h da quarta-feira (21): uma mamadeira com cerca de 100 ml de leite.
De acordo com o avô, a criança tinha sido deixada com ele pela mãe. O pai do menino teria morrido em uma troca de tiros. A mãe começou a namorar com outro homem e decidiu fugir com ele, deixando a criança para o avô.
O menino está internada na Santa Casa de Ibiúna e passa bem. Ele deverá ser encaminhado posteriormente para o Conselho Tutelar da cidade. O avô foi levado para a delegacia. Ele foi preso em flagrante por tortura e deverá ir para a cadeia de São Roque (a 59 km de São Paulo) ou de Pilar do Sul (a 142 km da capital paulista).
A guarda municipal chegou até a casa por volta das 10h30 por causa de uma denúncia anônima. Até o final da tarde desta quinta, deverá ser feita a perícia no local. Um guarda chegou a filmar a criança amarrada sendo retirada do local.
Segundo o delegado, o idoso parecia lúcido e respondeu a todas as perguntas com naturalidade. “Tenho 15 anos como delegado, mas essa foi a primeira vez que vi algo assim”, disse Madureira Júnior.
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