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21 de novembro de 2008

Cotas para Alunos de Escolas Públicas

Notícia de hoje da Folha Online, “A Câmara aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei que estabelece o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais e escolas técnicas de ensino médio. O projeto determina que 50% das vagas nessas instituições de ensino serão destinadas aos alunos que estudaram em escolas públicas no ensino médio”. Essa idéia de cotas para alunos da rede pública nas universidades já é antiga e surgiu lá em 2004 no próprio Governo Federal. Ainda segundo a Folha, “o texto segue para nova votação no Senado, uma vez que sofreu modificações na Câmara. Os deputados incluíram a questão da renda de 1,5 salário mínimo, o que modificou o texto dos senadores”.

Nessa discussão acredito que meu depoimento seja pertinente. Fui aluna da rede pública durante quase toda a minha vida. Estudei em uma escola particular apenas na terceira e quarta séries do antigo primeiro grau (hoje ensino fundamental), cursando o restante das séries e todo o ensino médio (antigo segundo grau) em escolas públicas, na cidade de Teresópolis/RJ. Acredito que durante o ensino fundamental tive muita sorte, pois estudei em uma escola que tinha um excelente nível educacional. Já durante o ensino médio enfrentei longos períodos de greve e muitos outros problemas típicos de escolas públicas, como falta de mesas e cadeiras e falta recorrente de professores em diversas disciplinas.

Acontece que na minha época não se falava em cotas e, por ser de família com poucas posses, a minha única alternativa de cursar o ensino superior era conseguir entrar para uma Universidade pública. E esse era o meu maior sonho e transformei esse objetivo em uma obsessão pessoal. Estudei muito, sozinha e com amigas, para suprir a falta de aulas. Hoje, a recordação que tenho dessa época da minha vida é de esforçar-me ao máximo todos os dias. Não acho que esse seja o cenário ideal para um jovem estudar e imagino que a situação atualmente seja muito pior do que quando estava estudando, em termos de qualidade de ensino.

Depois de muito sofrimento, ainda no ano em que concluí o ensino médio, prestei vestibular apenas para Universidades públicas de renome do estado do Rio de Janeiro (UFRJ, UFSC, UERJ, UFF) e não consegui entrar. Foi por pouco, mas não deu. Não desisti! Aquela era minha meta de vida. Mais do que isso, eu queria cursar Engenharia Mecânica na UFRJ de todo jeito. Passei mais um ano estudando, agora com a ajuda de um Tio que pagou as mensalidades de um curso pré-vestibular (dos mais baratos e mais fracos). Cabe dizer aqui que levei esse de forma mais tranqüila, estudando muito pouco e me concentrando apenas nas deficiências que tinha observado nas primeiras provas que fiz. No final do ano prestei novamente os vestibulares para as públicas (UFRJ, UERJ, UFF e CEFET) e, ao contrário do ano anterior, tive sucesso. Acredito que nesse caso contou muito mais o descanso mental e a maturidade para fazer uma prova melhor. Passei para as quatro Universidades públicas que ficam no Estado do Rio de Janeiro, inclusive a sonhada UFRJ. Nunca na minha vida tinha me sentido tão recompensada por um esforço. Foi a minha maior conquista até aquele momento, e acredito que está entre as mais importantes até hoje. Agora eu conto esta história na distância de 13 anos e ela me parece até um pouco romântica, mas é só eu lembrar quantas lágrimas derramei para que o romantismo desapareça imediatamente.

Nos primeiros dias de aula na UFRJ eu acreditava que a etapa mais difícil da minha educação tinha passado. Pensei: “agora eu estou dentro”. Como eu estava enganada! Escolhi um curso dentre os mais difíceis. Terminá-lo com boas notas e dentro do prazo normal me custou muitas outras lágrimas e muito, mas muito esforço. Foi preciso superar muitas outras dificuldades na minha formação básica para conseguir acompanhar as disciplinas. Consegui novamente! Com ajuda da minha família e com a ajuda daquele do melhor amigo que eu poderia ter encontrado na minha vida, meu marido.

Se você teve a paciência de ler tudo que escrevi aí em cima deve estar acreditando que sou favorável ao projeto de lei em discussão. Mas não sou! Na verdade, sou radicalmente CONTRA! Eu vivi a realidade da escola pública e sofri para conseguir a formação que tenho hoje e não acredito que tenha que ser tão sofrido para um jovem conquistar o direito de ter uma formação superior. Concordo que é preciso que os estudantes da rede pública tenham acesso ao ensino superior porque é desse jeito que a desigualdade social do Brasil vai diminuir. Apenas não concordo que o sistema de cotas seja solução. Solução é melhorar a qualidade das escolas públicas para que os alunos sejam capazes de prestar um vestibular de alto nível e consigam passar. Desculpem-me aqueles que acreditam que eu possa estar sendo politicamente incorreta, mas colocar alunos mal preparados em cursos de alto nível só pode resultar em duas coisas: ou o curso diminui seu padrão para que os alunos consigam se formar, ou os alunos não vão conseguir concluir o curso e abandonarão o mesmo. Em minha opinião, nenhuma das opções é aceitável.

Não sei o que podemos fazer para impedir que esta idéia insensata se torne realidade. Elegemos nossos representantes e eles estão procurando resolver os problemas do Brasil da forma mais fácil, mas protestar sempre é uma ferramenta. Então meus amigos, protestemos!

14 de maio de 2007

É mesmo uma pena...

Quando a gente acha que finalmente apareceu alguém de peito e com respaldo pra tocar nas feridas que precisam ser futucadas, vem um pra jogar água fria... Pena... muita pena!
Tomara que o Temporão não jogue a toalha.

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Lula: ‘Governo não vai mandar projeto sobre aborto para o Congresso’

JUNDIAÍ (SP) – O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Jundiaí, em rápida entrevista na saída da Siemens, onde participou da inauguração de uma unidade da empresa, que o governo não vai encaminhar ao Congresso nenhum projeto para legalizar o aborto. A medida foi criticada amplamente pelo Papa Bento XVI em sua visita ao Brasil.
(...)
O tema, que voltou à tona após as declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que pediu uma consulta à população sobre o assunto, também é polêmico no Congresso. (...)

5 de abril de 2007

Vacinação de adultos

Recentemente descobri que adulto também tem que ser vacinado. Na verdade, existe um calendário de vacinação para cada fase da vida: criança, adolescente, adulto e idoso. E a falta dessas vacinas após o fim da infância tem gerado problemas graves em relação à doenças que já deveriam estar controladas faz tempo. O ministério da saúde tem alertado sobre este problema, mas infelizmente essa informação não está chegando à população em geral.

É verdade que as doenças infantis estão sendo erradicadas, como é o caso da paralisia infantil que não apresenta um caso a mais de 14 anos. Além dessa, doenças que afligiam milhares de crianças brasileiras estão sendo controladas, como as formas graves de tuberculose, o tétano, a coqueluche, a difteria, a rubéola, a caxumba, dentre outras. Erradicou-se a febre amarela urbana e a varíola. Há três anos não é registrado nenhum caso de sarampo, doença considerada em processo de erradicação no Brasil. (leia mais aqui)

Mas o que está acontecendo é que os adultos não conhecem a necessidade de imunização após a infância e deixam de tomar vacinas importantes, que precisam ser repetidas periodicamente, ficando expostos à doenças como tétano, sarampo, rubéola, caxumba e hepatite B. Como as crianças estão sendo constantemente imunizadas com respeito a essas doenças e os adultos estão susceptíveis por falta de vacinas, o segundo grupo tem apresentado maior número de casos, incluindo um aumento da taxa de óbitos.

Mais grave ainda é a situação da falta de vacinação de mulheres em idade fértil, pois existem duas doenças que podem causar danos graves ao bebê. Uma delas é o Tétano Neonatal, que pode causar até a morte da criança. Outra é a rubéola na gestante que pode acarretar má formação do feto e o conseqüente aborto, ou a Síndrome da Rubéola Congênita, uma série de alterações irreversíveis na formação do feto. Descobri isso recentemente, quando fui orientada pelo pediatra do meu filho a tomar as vacinas necessárias. Lendo sobre o assunto fiquei sabendo que todas as mulheres que deram à luz ou que sofreram aborto devem ser vacinadas contra rubéola. Eu passei pelas duas situações, uma à quase 3 anos e outra à poucos meses, e ninguém me falou sobre isso. Na verdade, a rubéola é um dos grandes causadores de aborto e eu também não sabia.

O que está faltando então? Acho que é preciso que o governo, que possui um Programa Nacional de Imunização que funciona tão eficazmente no que diz respeito à vacinação de crianças, se dedique mais às campanhas de conscientização dos adultos, e dos médicos também, diga-se de passagem. Porque o meu ginecologista, que é ótimo e em quem eu confio plenamente, não me falou sobre as vacinas e eu não sei dizer o porque. Mesmo o pediatra do meu filho, que recomendou que eu tomasse as vacinas, me aconselhou a esperar mais 3 meses para engravidar novamente quando na verdade, é preciso aguardar apenas 30 dias para tentar outra gravidez. Enfim, falta mesmo é esclarecimento (leia mais aqui).

Depois de tudo isso, eu só posso recomendar uma coisa: procurem o posto de saúde mais próximo da sua casa, leve seu cartão de vacinação (se você tiver) e faça a sua parte. Não vou dizer que não dói. Dói um pouquinho sim! Mas vale a pena. Eu já estou imunizada e o maridão também.

Um grande bj.

4 de abril de 2007

Ministro da Saúde defende legalização do aborto e ampliação da licença maternidade

Duas discussões super-pertinentes estão surgindo no rastro da posse do novo ministro da saúde, José Gomes Temporão. As duas estão ligadas aos direitos da mulher e devem dar o que falar nos próximos tempos. Uma delas é a legalização do aborto. Mas esse assunto eu prefiro deixar para um outro post. Acho que vai dar muito pano pra manga e acredito que esta discussão deve ser feita separadamente. A segunda diz respeito à ampliação da licença maternidade de 120 dias (4 meses) para 180 dias (6 meses), com o intuito de garantir a amamentação até o sexto mês de vida da criança. Segundo o ministro, a iniciativa da senadora Patrícia Saboya Gomes (PSB-CE) com a criação do projeto de lei PLS 281/05 (leia o texto do projeto aqui) deve ser apoiada pelo governo. Na verdade, o presidente Lula já se mostrou favorável ao tópico. Além disso, em adição ao projeto de lei da senadora, o relator e senador Paulo Paim (PT-RS) propôs que o benefício seja estendido às servidoras públicas federais.

Sobre este tema já são mais do que conhecidos os benefícios da amamentação (leia mais sobre o assunto aqui e aqui) e é indiscutível a tranqüilidade que esta ampliação irá trazer para as mães que estão amamentando. Eu vivi esta situação e sei o quanto foi difícil continuar amamentando meu bebê até o sexto mês, depois de retornar ao trabalho. O primeiro problema que enfrentei foi a diminuição na produção de leite. Coisa mais do que comum, uma vez que o bebê não suga o leite durante o tempo que estamos no trabalho, e eu não consegui me adaptar às bombas de sucção para armazenamento do leite. Como resultado, meu filho ficou mamando apenas nos momentos em que eu estava em casa (de manhã, no almoço e à noite). Chorei muito e fiquei muito triste por saber que durante um grande número de horas ele não podia mamar. Graças a Deus ele se começou a tomar suco durante estes períodos e não largou o peito por causa disso. Mas poderia ter sido diferente. Agora estamos pensando em ter outro bebê e não tenho como negar que a possibilidade de poder amamentar por seis meses em casa me deixa muito feliz. Espero que eu possa usufruir desta lei. Mas mesmo que não possa estou muito esperançosa de que outras mamães poderão fazê-lo.

Mas existe o outro lado da moeda, e não falar sobre ele não vai fazer que o mesmo deixe de existir. As empresas sofrem financeiramente com o afastamento de suas funcionárias por longos períodos. É só a gente fazer o exercício de se colocar na posição de um dono de uma pequena empresa pra imaginar o quanto é complicada a gestão desta situação. Ele não tem a funcionária lá, não tem dinheiro para contratar outra e tem o mesmo trabalho que precisa ser executado. Complicado, muito complicado. Mas eu tenho convicção de que mesmo este prejuízo é válido, porque se tivermos nossas crianças saudáveis podemos trabalhar muito melhor depois, sem faltas para levar os filhos ao médico toda hora, por exemplo. Além disso, o projeto de lei em questão prevê incentivos fiscais para a empresa, de forma que este prejuízo financeiro possa ser minimizado. Estou muito esperançosa de que dessa vez as coisas caminhem porque acredito que estejam sendo feitas de forma responsável.

Essas notícias me fizeram pensar que nosso país tem muitos problemas, é verdade, mas que quando aparece uma pessoa disposta a enfrentar esses problemas de peito aberto conseguimos avanços significativos enquanto nação. Eu não discuto política, não entendo política e, ultimamente, só tenho tido raiva das poucas coisas que ouço sobre os políticos. Mas é verdade que existem os que trabalham e lutam pelos direitos dos cidadãos. Eu não sei dizer se as pessoas que citei neste post são íntegras e maravilhosas, porque não as conheço, nem como pessoas, nem com políticos, mas estou muito orgulhosa de poder dizer aqui que elas estão fazendo algo de produtivo com o cargo que receberam do povo.

Um grande bj.

P.S.: Como não podia deixar de ser, esse assunto também está sendo discutido pela Denise. Tenho que dizer que escrevi meu texto depois de ler as reflexões dela. Leiam também!!

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Atualização

A Sociedade Brasileira de Pediatria está fazendo uma campanha linda para a ampliação da licença materindade com o título "Licença Maternidade: 6 meses é melhor!". Para saber mais clique aqui.


Eles também tem campanhas anuais de incentivo à amamentação. Abaixo está o vídeo da campanha de 2006 que teve como madrinha a atriz Cássia Kiss.


22 de março de 2007

Violência doméstica

Olha gente, eu não sou muito de escrever sobre assuntos polêmicos, até porque eu acho que tem aí, pela blogsfera, muita gente competente (muito mais competente do que eu) fazendo isso. Mas não tá dando mais pra ficar calada quando o que eu tenho visto nos jornais é uma enxurrada de notícias sobre violências contra a mulher. A grande maioria praticada pelos companheiros ou ex-companheiros. Essa violência não tem classe social nem raça. Acontece em todos os níveis e com gente de toda cor.

Eu não vivo e nem nunca vivi este tipo de sofrimento. Tive a sorte de encontrar um companheiro que me respeita acima de tudo. Nós sempre conseguimos, mesmo nos momentos de crise conjugal, manter o nível da discussão em patamares sadios. Acho que por isso mesmo eu me sinta tão penalizada pela situação que um sem número de mulheres enfrenta pelo mundo afora.

É bem verdade que os casos que eu estou citando aí abaixo são extremos, onde a violência chegou ao nível de tirar a vida dessas pobres mulheres. Não quero entrar no mérito se uma traiu ou se a outra era uma megera chata. Nada serve como desculpa para que esses homens se achassem no direito de acabar com a vida delas. Mas todos nós sabemos que diariamente muitas esposas, companheiras e namoradas sofrem caladas violências físicas e psicológicas.

E a gente se pergunta: porque estas mulheres permanecem caladas?

Bem, eu acho que quando estamos falando de classes mais altas, onde as pessoas tiveram acesso à educação, a explicação está na imagem que elas precisam manter. As famílias esperam isso delas. Muitos pais e mães preferem acreditar que suas filhas são felizes no casamento e não querem enxergar (nem que elas contem) que sofrem agressões por parte daqueles que elas escolheram para dividir a vida. Preferem manter um discurso do tipo: “Ora, minha filha. Mas ele é um ótimo marido. Nunca faltou nada dentro de casa. Você deve estar exagerando”.

Se pensarmos nas classes menos favorecidas a explicação é ainda mais óbvia e chocante. Essas mulheres não têm direitos. Os companheiros acreditam que elas não têm. Viram suas mães sofrendo o mesmo tipo de tratamento e acreditam que é assim que as mulheres devem ser tratadas. Elas não merecem escolher se querem ou não transar naquele dia. Eles querem e é assim que tem que ser. Se elas fazem “doce” apanham pra “aprender”.

Mas as coisas não têm de ser exatamente como eu descrevi acima. Os motivos podem ser trocados e o que achamos que seria o comportamento de um homem que não teve direito à educação pode muito bem vir de um “mauricinho”.




Bem, não quero chegar em conclusão nenhuma com este texto. Queria mesmo era botar pra fora minha indignação e fazer o leitor pensar sobre o assunto também. Na web tem muita coisa sobre o assunto. Uma ótima fonte de informações sobre esse assunto é o Portal da Violência Contra a Mulher e o blog Mulheres de Olho, ambos do Instituto Patrícia Galvão. A Denise sempre aborda o tema no Síndrome de Estocolmo e uma simples busca no google vai trazer uma lista infinita. No vídeo abaixo está a Campanha pela Não Violência Contra a Mulher de 2006 do Intstituto Patrícia Galvão.



Notícias recentes de extremos da violência contra a mulher.

Notícia do dia 9 de março de 2007, Redação Terra.
Câmera mostra homem matando ex a tiros no PR
Um homem de 56 anos, que estaria inconformado com o fim do relacionamento, teria atirado na ex-namorada, 23 anos, no centro de Curitiba (PR). Ela morreu no local. De acordo com informações da Globonews, a ação foi flagrada por uma câmera do circuito interno de um prédio. O crime teria ocorrido na quarta-feira, mas as imagens foram divulgadas ontem.
(...)
Dos quatro tiros, dois atingiram a cabeça da vítima, que morreu na hora. Ela tinha três filhos, de outro relacionamento. As crianças têm 10 meses, 5 e 6 anos.
Haroldo foi preso em flagrante com a arma do crime e foi reconhecido por cinco testemunhas. As imagens do crime foram anexadas ao inquérito.
De acordo com colegas de trabalho de Susane, ele já teria ameaçado a jovem anteriormente. Os dois moraram juntos durante oito meses e Haroldo teria ficado inconformado com o fim do namoro, em dezembro.

Notícia do dia 20 de março de 2007, G1 em São Paulo
Marido deixa a ex em cativeiro por 9 meses
Mulher, de 20 anos, foi seqüestrada em junho do ano passado no Paraná. Vítima está pesando 35 quilos e tem hematomas e queimaduras pelo corpo.
Uma mulher de 20 anos foi mantida em cárcere privado pelo ex-marido durante nove meses em Colombo, no Paraná. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (20) pela “Gazeta do Povo”, a vítima foi libertada do cativeiro na sexta-feira (16).
A mulher foi encontrada com a cabeça e as sobrancelhas raspadas. O corpo tinha hematomas e queimaduras de cigarro. De acordo com a polícia, ela estava pesando apenas 35 quilos.
A vítima, que não teve o nome divulgado, foi seqüestrada em 21 de junho do ano passado pelo ex-marido, que tem 29 anos e era procurado por ter matado a ex-cunhada.
Ela contou à polícia que fugiu da casa do ex-marido porque era agredida. A mulher foi seqüestrada na rua e nunca mais pôde ver a família. Chegou a fazer alguns contatos com a mãe por telefone, mas não podia dizer onde estava. Segundo a delegada Márcia Rejane Marcondes, a vítima era espancada com freqüência e ameaçada de morte.
Quando percebeu que ela corria risco de morte, o ex-marido ligou para um conhecido e revelou onde estava a vítima, que foi hospitalizada e terá de passar por cirurgia. O ex-marido está desaparecido.

Notícia do dia 21/03/2007, G1 no Rio de Janeiro
Homem suspeito de matar mulher e duas filhas é hospitalizado
Ele teria usado faca e até um machado, segundo a polícia. Uma filha de 9 anos e o sogro dele também ficaram feridos.
Carlos Alberto dos Santos, de 42 anos, está internado no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, sob custódia da polícia. Ele foi preso suspeito de matar a golpes de faca e machado a mulher, Alessandra Pereira, de 28 anos, e duas filhas, de 1 e 4 anos, na noite desta terça-feira (20), na Favela da Taquaral, em Santíssimo, na Zona Oeste. Ele sofreu escoriações após ser linchado por vizinhos. Carlos Alberto, que está algemado e é vigiado por dois policiais militares, teria dito que era traído pela mulher e disse estar arrependido de ter atacado as filhas.
De acordo com a polícia, a terceira filha do casal, de 9 anos, e o sogro dele, Antônio Vicente do Carmo, de 52 anos também foram feridos. Eles foram levados para o Hospital Rocha Faria. Segundo informações do hospital, a menina teve lesões no fígado e no pulmão e deve ter que passar por uma nova cirurgia. Ela está em observação. E o avô dela, que levou uma facada na cabeça, não corre risco de morte.
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E por falar em violência, vejam que coisa mais triste. Tem horas que a gente começa a achar que esse mundo não tem jeito mesmo. Como pode um ser humano ser capaz de tanta maldade?
Menino de 2 anos é mantido preso em canil com 3 pitbulls em SP
Avô diz que mantinha criança em canil para que ela não estragasse o jardim da casa.
Segundo polícia de Ibiúna, menino ficava amarrado pelo pescoço.
Patrícia Araújo Do G1, em São Paulo entre em contato

Um idoso de 64 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (22) em Ibiúna (a 64 km de São Paulo) por manter uma criança de 2 anos amarrada com uma corda no pescoço dentro de um canil com três cachorros da raça pitbull.
De acordo com o delegado titular do 1º Distrito Policial da cidade, José de Arruda Madureira Júnior, o idoso era avô da criança. O homem, de 64 anos, teria dito que mantinha a criança amarrada junto aos cachorros havia cerca de um mês. Segundo a polícia, ele disse ainda que havia tomado a atitude para evitar que a criança destruísse as flores do jardim da casa onde moravam.
O menino dormia num colchão velho colocado no local e, segundo o idoso, a última refeição do garoto havia sido feita às 17h da quarta-feira (21): uma mamadeira com cerca de 100 ml de leite.
De acordo com o avô, a criança tinha sido deixada com ele pela mãe. O pai do menino teria morrido em uma troca de tiros. A mãe começou a namorar com outro homem e decidiu fugir com ele, deixando a criança para o avô.
O menino está internada na Santa Casa de Ibiúna e passa bem. Ele deverá ser encaminhado posteriormente para o Conselho Tutelar da cidade. O avô foi levado para a delegacia. Ele foi preso em flagrante por tortura e deverá ir para a cadeia de São Roque (a 59 km de São Paulo) ou de Pilar do Sul (a 142 km da capital paulista).
A guarda municipal chegou até a casa por volta das 10h30 por causa de uma denúncia anônima. Até o final da tarde desta quinta, deverá ser feita a perícia no local. Um guarda chegou a filmar a criança amarrada sendo retirada do local.
Segundo o delegado, o idoso parecia lúcido e respondeu a todas as perguntas com naturalidade. “Tenho 15 anos como delegado, mas essa foi a primeira vez que vi algo assim”, disse Madureira Júnior.
Eu não consigo nem imaginar o sofrimento desta criança. Como podemos esperar que depois de sofre toda esta maldade um menino desse cresça respeitanto o próximo? Como?

14 de março de 2007

"Perguntaram se eu luto no gel"

Ainda na onda do dia 8 de março achei essa entrevista muito pertinente. Também não entendo porque mulher só pode ter profissão "de mulher". Vivo esse problema com minha profissão também. Nunca entendi porque existe essa fixação em separar as profissões por sexo. Eu consigo fazer qualquer coisa que um homem faz na minha profissão. E se precisar de força física (desculpa típica pra dizer que uma determinada profissão é "coisa de homem") arrumo um outro modo de fazer, mas garanto que o trabalho vai ser realizado com sucesso. Bem, leiam e pensem. Bjs.

Duda: "Perguntaram se eu luto no gel"
Musa do boxe mostra indignação com o preconceito com as mulheres no esporte
Joanna de Assis | Fonte: GLOBOESPORTE.COM

SÃO PAULO - A pergunta que mais irrita Duda Yankovich é, ironicamente, a que mais escuta dos repórteres. Por ser bonita, a boxeadora conta que o preconceito ainda é muito presente no seu dia a dia. Quase ninguém acredita em seu potencial dentro do ringue, pelo menos não à primeira olhadela.

- Me perguntam sempre se eu sei lutar mesmo. Claro que eu sei, né? Outro dia mesmo vieram me perguntar se eu lutava no gel. Não dá. – conta, indignada.
Duda fez questão de destacar que seu lado bela não é responsável pelos seus resultados. Afinal, a força de um cruzado ou de um gancho definitivamente não vem de seu cabelo loiro.

- Eu procuro não me irritar mais com isso. Mas é complicado. Poxa, não foi a minha beleza que me deu o título, e as pessoas precisam aprender a reconhecer isso – pede.

Apesar de ser fera lutando, Duda se comporta como uma mulher normal quando não está praticando o esporte.

- Vou ao salão, faço as unhas e namoro. Só no ringue que não tem como ser muito delicada, mas vaidosa eu sou. Até me zoam porque eu venho maquiada. Qual é o problema nisso? – questiona.

E para quem insiste em dizer à Duda que o boxe é esporte de homem, a lutadora tem uma resposta na ponta da língua.

- Boxe é esporte de homem como todos os outros. Eu não critico ninguém. Se um cara me fala que está fazendo ballet eu não o chamo de gay. Sou feminista, mas não machista – explica.

Duda conquistou o título mundial da Wiba em novembro do ano passado, após derrotar por decisão unânime dos jurados a colombiana Darys Pardo, em São Paulo. Ela está invicta em sete combates, com cinco nocautes. Neste sábado, a boxeadora colocará em jogo pela primeira vez seu cinturão.

- Já me perguntei se eu fosse feia eu sofreria esse tipo de preconceito. Será que eu tenho que ser feia e coçar o saco para ser respeitada? Não adianta, meu cabelo é loiro mesmo, nem tingido é. Fazer o que? Sou bonita – finaliza.

13 de março de 2007

Situações de desepero.

A gente tava lá em casa conversando sobre o caso da menina que foi baleada num assalto à banco em São Paulo esses dias. O assunto era se ela tinha ficado paraplégica por causa do tiro apenas, ou se o socorro tinha sido feito de forma incorreta pelos policiais que a levaram para o hospital.

Olha, vendo as cenas que passaram na tv dá até pra pensar que o socorro não foi feito mesmo com aquele rigor e cuidado que sempre recomendam, sem que coluna da pessoa ferida seja movimentada. Mas acho que no final das contas o que os policiais se preocuparam em fazer na hora foi apenas tentar salvar a vida da menina. E olha que na hora que você se vê envolvido numa situação onde tem alguém ferido dá um tremendo desespero.

Um dia desses estávamos eu e o maridão voltando pro trabalho, depois do almoço, e vimos um acidente na estrada. Um carro tinha atropelado um menino de bicicleta. Deu o maior pânico. Paramos para ajudar e ver se podíamos fazer alguma coisa. Ligamos pra polícia e pros bombeiros. O motorista do carro tinha parado para prestar socorro e estava sendo totalmente correto na ajuda ao menino. Mas mesmo assim, ver aquele garotinho (ele devia ter uns 10 anos) estendido no chão, gritando de dor foi uma das piores experiências da minha vida. Fui lá e tentei acalmar o menino. Mas ele só pedia pra gente levar ele pro hospital. Foi preciso muito sangue frio pra ficar esperando ali pela chegada do socorro. O que dava vontade era de pegar ele no colo e sair correndo. É verdade que sem contar o braço, que estava claramente quebrado, ele estava consciente e não parecia ter sofrido nenhum ferimento sério, então ficamos esperando. Mas no caso da menina, que estava sangrando e correndo perigo de vida, dá pra entender o desespero dos policiais.

O que não dá pra entender é essa violência que tomou conta do nosso país e ninguém fazendo nada.

Leia mais aqui.

25 de janeiro de 2007

Katie Holmes

"Não são só as simples mortais que têm dificuldades para recuperar a antiga forma depois de ter um filho.

Mesmo com toda uma equipe de apoio empenhada em sua tarefa de perder peso depois do nascimento de Suri e com o amparo da tal dieta do chá, Katie Holmes, mulher do astro Tom Cruise, não dispensa uma ajudinha básica da meia-calça modeladora.

Enquanto muitas estrelas de Hollywood são flagradas sem calcinha descendo de carros, a senhora Cruise teve a infelicidade de subir demais o vestido e deixar aparecer sua meia-calça especial.

O flagra aconteceu na noite desta quarta-feira, dia 24, quando a mãe de Suri descia do veículo para participar da festa de Giorgio Armani no Grand Palais, em Paris.

Mesmo com o pequeno descuido, Katie estava deslumbrante no seu vestido de chiffon Armani, não é mesmo?" (Notícia do site EGO).

Engraçado, tenho uma grande simpatia por essa moça. Mesmo ela tendo se casado com o ex-fantástico Tom e viver neste mundinho muito duvidoso de Hollywood eu acho que ela deve ser bem mortal. E essa notícia mostra que além de mortal ela tem suas pequenas imperfeições, como todas nós. Ainda bem, né?!

Bjs

23 de janeiro de 2007

Blogs - Os campeões de audiência

Vamos sacudir um pouco isso aqui porque (por incrível que pareça!!!) ainda tem gente que lê!

Eu estava no consultório de um médico na semana passada e li na revista Época uma reportagem (de capa por sinal) falando sobre blogs e sua influência no mundo hoje. Achei super legal e transcrevi um pedacinho. Quem quiser ler o texto na íntegra é só clicar no título da reportagem abaixo.


Bjs

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Como os diários da internet estão revolucionando a política, os negócios, a carreira, a cultura e as relações pessoais
Com Ricardo Amorim e Eduardo Vieira

O rádio e a televisão definiram a cara do século XX. Primeiro no rádio, depois na TV, surgiram os campeões de audiência que marcaram a cultura de massa no século passado. Foram o rádio e a TV que projetaram as celebridades e revolucionaram nossos costumes, ao apresentar temas sensíveis como divórcio, aborto, sexualidade ou racismo. Rádio e TV também serviram de meio para que políticos de todos os matizes se tornassem conhecidos, transmitissem suas mensagens e exercessem o poder de modo eficaz sobre bilhões de seres humanos. Rádio e TV deram origem a uma indústria pujante, geraram fortunas e transformaram a economia por meio da publicidade e do marketing. O século passado pode ser, sem exagero, chamado de Era do Rádio e da TV. E o século XXI?

Muitos dizem que será a Era da Internet. Em vez de um meio de comunicação de massa, com um transmissor central para milhões de ouvintes ou telespectadores, a rede mundial promete ser um meio de que todos possam participar, onde todos possam publicar e gerar conteúdo. Promete ser um meio de comunicação não apenas de massa, mas construído pela massa - os internautas. O que começa a tornar essa promessa realidade são os diários virtuais conhecidos como blogs. Se o século passado foi a Era do Rádio e da Televisão, o século XXI é, portanto, a Era da Internet e - também - dos Blogs. "Os blogs são o primeiro passo para que todas as pessoas alfabetizadas tenham sua própria plataforma no mundo", disse a ÉPOCA o jornalista e blogueiro americano John Batelle, um dos colaboradores do Boing Boing, o blog mais popular do mundo. "Um espaço onde elas podem declarar quem são, o que querem e o que pensam."

(...)