5 de abril de 2007

Vacinação de adultos

Recentemente descobri que adulto também tem que ser vacinado. Na verdade, existe um calendário de vacinação para cada fase da vida: criança, adolescente, adulto e idoso. E a falta dessas vacinas após o fim da infância tem gerado problemas graves em relação à doenças que já deveriam estar controladas faz tempo. O ministério da saúde tem alertado sobre este problema, mas infelizmente essa informação não está chegando à população em geral.

É verdade que as doenças infantis estão sendo erradicadas, como é o caso da paralisia infantil que não apresenta um caso a mais de 14 anos. Além dessa, doenças que afligiam milhares de crianças brasileiras estão sendo controladas, como as formas graves de tuberculose, o tétano, a coqueluche, a difteria, a rubéola, a caxumba, dentre outras. Erradicou-se a febre amarela urbana e a varíola. Há três anos não é registrado nenhum caso de sarampo, doença considerada em processo de erradicação no Brasil. (leia mais aqui)

Mas o que está acontecendo é que os adultos não conhecem a necessidade de imunização após a infância e deixam de tomar vacinas importantes, que precisam ser repetidas periodicamente, ficando expostos à doenças como tétano, sarampo, rubéola, caxumba e hepatite B. Como as crianças estão sendo constantemente imunizadas com respeito a essas doenças e os adultos estão susceptíveis por falta de vacinas, o segundo grupo tem apresentado maior número de casos, incluindo um aumento da taxa de óbitos.

Mais grave ainda é a situação da falta de vacinação de mulheres em idade fértil, pois existem duas doenças que podem causar danos graves ao bebê. Uma delas é o Tétano Neonatal, que pode causar até a morte da criança. Outra é a rubéola na gestante que pode acarretar má formação do feto e o conseqüente aborto, ou a Síndrome da Rubéola Congênita, uma série de alterações irreversíveis na formação do feto. Descobri isso recentemente, quando fui orientada pelo pediatra do meu filho a tomar as vacinas necessárias. Lendo sobre o assunto fiquei sabendo que todas as mulheres que deram à luz ou que sofreram aborto devem ser vacinadas contra rubéola. Eu passei pelas duas situações, uma à quase 3 anos e outra à poucos meses, e ninguém me falou sobre isso. Na verdade, a rubéola é um dos grandes causadores de aborto e eu também não sabia.

O que está faltando então? Acho que é preciso que o governo, que possui um Programa Nacional de Imunização que funciona tão eficazmente no que diz respeito à vacinação de crianças, se dedique mais às campanhas de conscientização dos adultos, e dos médicos também, diga-se de passagem. Porque o meu ginecologista, que é ótimo e em quem eu confio plenamente, não me falou sobre as vacinas e eu não sei dizer o porque. Mesmo o pediatra do meu filho, que recomendou que eu tomasse as vacinas, me aconselhou a esperar mais 3 meses para engravidar novamente quando na verdade, é preciso aguardar apenas 30 dias para tentar outra gravidez. Enfim, falta mesmo é esclarecimento (leia mais aqui).

Depois de tudo isso, eu só posso recomendar uma coisa: procurem o posto de saúde mais próximo da sua casa, leve seu cartão de vacinação (se você tiver) e faça a sua parte. Não vou dizer que não dói. Dói um pouquinho sim! Mas vale a pena. Eu já estou imunizada e o maridão também.

Um grande bj.

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