24 de novembro de 2005

Direção x Emoção

Vou falar um pouco sobre um dos assuntos que mais gosto. Direção. Nada a ver com cinema ou teatro. Tô falando de direção no sentido de guiar um carro. Bah, guiar não porque quem guia é cachorro de cego. Ah, cê entendeu. Então. De vez em quando fico pensando assim: "porque é que pra mim dirigir é uma das coisas mais prazerosas e pra outras pessoas é um tormento?" Até hoje não consegui entender. Aprendi a dirigir de um jeito muito esquisito. Andando no carro do pai (até aí tudo normal), mas só andava quando estava na casa de praia do meu tio, o que normalmente acontecia uma vez no ano. Agora cê imagina a angústia de esperar o ano todo pra ter outra "aula". Bom, isso foi até os 16 anos. Depois disso, passei a fazer trajetos curtos perto de casa com minha mãe do lado. No dia que fiz 18 anos, fiz também a matrícula na auto-escola, mas já sabia dirigir. Fiz lá as aulas, treinei a maldita baliza até cumpri-la em 1/3 do tempo máximo permitido, e fiz a prova no dia 05/09/1995. Ah, claro, a prova prática. Porque a escrita, apesar de ter que decorar, era fácil. Então. Passei de primeira na prova prática, sem cometer nenhum erro. Lembro que me sentia tranquilo antes da prova, um pouco ansioso talvez, mas tranquilo. Fui lá, fiz o raio da baliza, depois o cara entrou no carro, demos a volta no Maracanã e pronto. Protocolo na mão. No papel, eu estava apto mas não podia dirigir. Cheguei em casa com a notícia, mas alterei um pouquinho o discurso, dizendo que já podia dirigir normalmente. A história colou, e a partir daí minha mãe me passou o bastão. Lembro que minha primeira saída foi logo pra pegar a estrada. Linha Vermelha depois Rio-Petrópolis. Eu tava realizado.
Lá se vão dez anos desde a data da primeira habilitação, mas a emoção continua a mesma. Dirigir me relaxa quando estou cansado, dirigir me desperta quando tô com a cabeça meio lerda, e dirigir levanta o meu astral se eu estiver murcho. Sei que essas emoções ou sensações não são assim pra todo mundo. Mas gostaria que fosse. Vejo pessoas sofrendo a cada vez que ligam o carro ou então a cada vez que têm apenas que manobrar. Manobrar não é dirigir, mas pra algumas pessoas é um tormento do mesmo jeito. O que dizer então à essas pessoas? Costumo dizer o seguinte: "me paga o salário que eu ganho que eu dirijo pra você o dia todo!"

Um comentário:

  1. Cê sabe que eu tb curto?
    mas qdo eu tô cansada, não me peça nada...ne pra dirigir! ;)

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