Tava lendo lá na Ana um texto delicioso onde ela fala sobre o lado dona-de-casa que toda mulher carrega dentro de si. Me deu vontade de falar do meu.
Sabe, desde que me entendo por gente lembro de minha mãe totalmente tarada por limpeza. Nossa casa sempre foi um brinco, com tudo arrumado, limpo e cheiroso. Comida sempre nos horários certos, roupa sempre pronta para ser vestida. Mas sabe, sempre tive a sensação de que essas tarefas não eram feitas com prazer. De fato me pareceu sempre uma obrigação. Pra mim, a pior coisa da vida quando criança era a segunda-feira. Eu não imagino porque, mas minha mãe instituiu que segunda-feira era dia de faxina. E era um tal de arruma pra cá, lava ali, limpa acolá que me dava náusea. Acho que por isso eu odeio segundas-feiras até hoje. É verdade que, quando pequena não ajudava em quase nada, mas com o passar dos anos algumas tarefas me foram designadas como obrigações. Não vou entrar aqui no mérito da necessidade de ensinarmos aos filhos noções mínimas de como cuidarem de si próprios e do local onde vivem. É claro que este tipo de ensinamento é fundamental. Mas vamos combinar que pra criança é ultra-chato ter que limpar o pó dos móveis todos os dias. Mas foi assim por muito tempo, até que comecei a trabalhar e me livrei das fatídicas segundas-feiras e das tarefas domésticas diárias.
Depois de casada, a obrigação de manter tudo em ordem passou para as minhas mãos. Afinal, eu era agora a dona-da-casa (notem a diferença entre dona-da-casa e dona-de-casa. Infelizmente eu não recebi o gene dona-de-casa. Não consigo me sentir feliz fazendo tarefas domésticas. Admito e não me envergonho.). Eu tinha que me preocupar em ter a geladeira provida, a roupa lavada e passada, e a casa habitável. Pois bem, foi um inferno!! Trabalhar a semana inteira e ter de cuidar da casa nos finais-de-semana estava acabando com meu humor. É claro que os móveis tinham camadas seculares de poeira, eu esquecia constantemente de trocar a roupa-de-cama, comíamos macarrão instantâneo com uma freqüência irritante. Ou seja, como resultado a limpeza ficava devendo, e muito, para o que eu estava acostumada na casa da minha mãe. As roupas até que eram lavadas (santa máquina-de-lavar), mas eu não era lá muito amiga da tábua de passar. Por fim eu acabei aceitando o fato de que precisava de uma assistente para assuntos domésticos. Contratamos uma moça maravilhosa que ia lá em casa uma vez a cada quinze dias. Eu ficava encantada quando chegava e encontrava tudo limpo, arrumado e as roupas devidamente passadas e em seus lugares. Ufa!! Que alívio.
Quando fugimos do Rio e viemos morar na roça encontramos uma assistente maravilhosa que está conosco até hoje. Ela é fundamental para o bom andamento da casa e pra minha sanidade mental. Confesso que muitas coisas nem tomo conhecimento (eu já expliquei: sou dona-da-casa, não dona-de-casa). Por exemplo: não sei quando a roupa-de-cama precisa ser trocada, ou quando é o dia de fazer faxina nos banheiros. Chego em casa e está tudo fantástico. Quando ela tira férias (sempre nas minhas férias também) rezo pra ela voltar e pra eu poder descansar. Definitivamente não fui talhada para afazeres domésticos... Fazer o que, né?!
Ainda tenho minha cota de responsabilidades para que a casa funcione. Compras de mês são minha obrigação, assim como definir os pratos a serem preparados nos finais-de-semana. Além disso, quando chego em casa cuido do meu filho e essa responsabilidade não passo pra ninguém. Na verdade, não é responsabilidade, mas prazer (mesmo nos dias que parece um prazer meio cansativo). No mais a gente vai improvisando... Afinal a imprevisibilidade é uma das coisas que torna o cotidiano (tão previsível por natureza) mais animado e menos massante.
Aonde eu queria mesmo chegar com este texto? Sei lá! Acho que escrever sobre isso só me fez dar muito valor às duas secretárias que já tive até hoje e à minha mãe (por que não?). Afinal elas tornaram meu dia-a-dia muito mais fácil e tranqüilo por cuidarem de coisas que eu não gosto. Mesmo a minha mãe, que eu pixei lá no primeiro parágrafo por fazer da limpeza um inferno, merece agradecimento. Por causa dela eu sei dar muito valor ao trabalho doméstico (feito por outros). Ah, e por falar da minha mãe, queria registrar aqui que ontem foi aniversário dela.
Sabe, desde que me entendo por gente lembro de minha mãe totalmente tarada por limpeza. Nossa casa sempre foi um brinco, com tudo arrumado, limpo e cheiroso. Comida sempre nos horários certos, roupa sempre pronta para ser vestida. Mas sabe, sempre tive a sensação de que essas tarefas não eram feitas com prazer. De fato me pareceu sempre uma obrigação. Pra mim, a pior coisa da vida quando criança era a segunda-feira. Eu não imagino porque, mas minha mãe instituiu que segunda-feira era dia de faxina. E era um tal de arruma pra cá, lava ali, limpa acolá que me dava náusea. Acho que por isso eu odeio segundas-feiras até hoje. É verdade que, quando pequena não ajudava em quase nada, mas com o passar dos anos algumas tarefas me foram designadas como obrigações. Não vou entrar aqui no mérito da necessidade de ensinarmos aos filhos noções mínimas de como cuidarem de si próprios e do local onde vivem. É claro que este tipo de ensinamento é fundamental. Mas vamos combinar que pra criança é ultra-chato ter que limpar o pó dos móveis todos os dias. Mas foi assim por muito tempo, até que comecei a trabalhar e me livrei das fatídicas segundas-feiras e das tarefas domésticas diárias.
Depois de casada, a obrigação de manter tudo em ordem passou para as minhas mãos. Afinal, eu era agora a dona-da-casa (notem a diferença entre dona-da-casa e dona-de-casa. Infelizmente eu não recebi o gene dona-de-casa. Não consigo me sentir feliz fazendo tarefas domésticas. Admito e não me envergonho.). Eu tinha que me preocupar em ter a geladeira provida, a roupa lavada e passada, e a casa habitável. Pois bem, foi um inferno!! Trabalhar a semana inteira e ter de cuidar da casa nos finais-de-semana estava acabando com meu humor. É claro que os móveis tinham camadas seculares de poeira, eu esquecia constantemente de trocar a roupa-de-cama, comíamos macarrão instantâneo com uma freqüência irritante. Ou seja, como resultado a limpeza ficava devendo, e muito, para o que eu estava acostumada na casa da minha mãe. As roupas até que eram lavadas (santa máquina-de-lavar), mas eu não era lá muito amiga da tábua de passar. Por fim eu acabei aceitando o fato de que precisava de uma assistente para assuntos domésticos. Contratamos uma moça maravilhosa que ia lá em casa uma vez a cada quinze dias. Eu ficava encantada quando chegava e encontrava tudo limpo, arrumado e as roupas devidamente passadas e em seus lugares. Ufa!! Que alívio.
Quando fugimos do Rio e viemos morar na roça encontramos uma assistente maravilhosa que está conosco até hoje. Ela é fundamental para o bom andamento da casa e pra minha sanidade mental. Confesso que muitas coisas nem tomo conhecimento (eu já expliquei: sou dona-da-casa, não dona-de-casa). Por exemplo: não sei quando a roupa-de-cama precisa ser trocada, ou quando é o dia de fazer faxina nos banheiros. Chego em casa e está tudo fantástico. Quando ela tira férias (sempre nas minhas férias também) rezo pra ela voltar e pra eu poder descansar. Definitivamente não fui talhada para afazeres domésticos... Fazer o que, né?!
Ainda tenho minha cota de responsabilidades para que a casa funcione. Compras de mês são minha obrigação, assim como definir os pratos a serem preparados nos finais-de-semana. Além disso, quando chego em casa cuido do meu filho e essa responsabilidade não passo pra ninguém. Na verdade, não é responsabilidade, mas prazer (mesmo nos dias que parece um prazer meio cansativo). No mais a gente vai improvisando... Afinal a imprevisibilidade é uma das coisas que torna o cotidiano (tão previsível por natureza) mais animado e menos massante.
Aonde eu queria mesmo chegar com este texto? Sei lá! Acho que escrever sobre isso só me fez dar muito valor às duas secretárias que já tive até hoje e à minha mãe (por que não?). Afinal elas tornaram meu dia-a-dia muito mais fácil e tranqüilo por cuidarem de coisas que eu não gosto. Mesmo a minha mãe, que eu pixei lá no primeiro parágrafo por fazer da limpeza um inferno, merece agradecimento. Por causa dela eu sei dar muito valor ao trabalho doméstico (feito por outros). Ah, e por falar da minha mãe, queria registrar aqui que ontem foi aniversário dela.

No mais, desejo um ótimo final-de-semana pra todos e Boa Páscoa, é claro.
Um grande bj e até a próxima.
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