12 de janeiro de 2006

Esquecimentos

A pessoa acorda com uma música na cabeça: aquela do Leoni que diz: Por que não eu? Ah, Ah, Por que não eu?. Pois então, sabe aquela sensação nervosa de querer cantar uma música e não lembrar a letra? A pessoa já ouviu a música uma centena de vezes e não conseguiu decorar a letra, mas quer porque quer cantar a dita cuja. Aí essa mesma pessoa fica lá embaixo do chuveiro cantando: encomendo um jantar só pra nós dois, vinho à beça na cabeça, eu não sei... e jura que lembrou. Tem certeza absoluta de que a letra escrita pelo pobre coitado do compositor diz exatamente isso. Quando chega no trabalho a pessoa (que não tem rádio no carro) coloca a música pra tocar e se dá conta de que não era nada daquilo... Pobre pessoa!
E tem mais. Sabe aquelas situações em que o maridão pergunta: quem é o fulano de tal da novela. Ai a pessoa começa a explicar dizendo que o fulano de tal é aquele que fez aquela novela na qual fazia par romântico com aquela atriz... Mas não é capaz de lembrar um nome sequer. Nem do fulano de tal, nem da novela que ele participou nem tampouco da bendita atriz na qual ele tascou uns beijos. Aí começa o desespero! A pessoa tenta lembrar de todos os jeitos, pergunta pra mãe, pro pai, pra sogra, pros armários da cozinha e nada, nem uma pista! Saco!
Tem mais... A mãe da pessoa pergunta: sabe de quem foi aniversário ontem? Aí a pessoa entra logo naquele estado pré-desespero, quando parece que todo o sangue deixa de fluir na face. Pensa na mesma hora: esqueci o aniversário do meu pai novamente! (porque de fato, caríssimos, a pessoa já cometeu essa gafe... o pobrezinho saiu pra trabalhar, a pessoa deu tchau e nem um parabéns! É claro que a pessoa quis morrer depois...). Deve ser terrível ter esse bloqueio mental para datas de aniversário. E não tem agenda, palm top ou orkut que dê jeito. Que vergonha!
Agora. O cúmulo do desespero é aquela sensação que a pessoa tem quando sai de casa e tem certeza de que esqueceu alguma coisa. Entra no carro, olha pra bolsa e fica pensando: tá faltando alguma coisa! Dá de ombros e segue para o trabalho... Sei lá, mas a sensação continua... Aí dá um clique! Esqueci de trancar a porta de casa! Ai meu Deus! Mas já não dá mais pra voltar em casa pra reparar o erro... A pessoa passa o dia tendo absoluta certeza de que não trancou a danada da porta e de que todos os ladrões da cidade sabem disso (como se os ladrões tivessem bola de cristal ou algum tipo de alarme que avisasse quando as pessoas esquecessem suas portas destrancadas). Aí a pessoa volta pra casa no final do dia certa de que não irá encontrar nem uma agulha no seu lar. Chegando lá, a pessoa para diante da porta fechada, testa a maçaneta e se dá conta de que ela está devidamente trancada... Foi apenas mais um truque do cérebro!
Depois de escrever isso tudo, a pessoa (que eu nem sei de quem se trata...) começa a ficar meio preocupada com esse negócio de esquecer as coisas Será que não seria um momento adequado para procurar um geriatra? Ah?!
Um grande bj e até a próxima.


3 comentários:

  1. Ai Dany! Meu desespero maior é nao lembrar o nome da pessoa que está falando comigo. E o pior é que geralmente a pessoa é super simpática, pergunta coisas... E eu com aquele desespero reprimido tentando lembrar o nome! E de repente nao tem mais jeito, eu tenho que gentilmente tirar o espinho de peixe da garganta:
    Desculpa, mas nao lembro o seu nome!

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  2. Sei como é... A gente entra na fila do banco e olha pra pessoa mais a frente e pensa: conheço de algum lugar. Ai começa o desespero... Vc começa a repassar mentalmente todos os lugares que frequenta pra tentar lembrar da pessoa e ao mesmo tempo fica rezando pra que ela não venha falar com você. Desespero total!

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  3. Eu ainda acho que não lembrar do aniversário é chato, mas é pior quando você pensa no tal aniversário a semana toda, fala com o futuro aniversariante sobre festa, preparativos, chopps, etc. e, bem no dia, o tal dia do aniversário, você esquece completamente. E ainda não chegamos aos 40, 50... Adorei, Dani. Bj

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